quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Amantem et intelliget

Santo Agostinho, dizia que para se possa compreender uma coisa, qualquer coisa: Da amantem et intelliget (“dê-me uma pessoa apaixonada, e ela compreenderá”). Com essas palavras, queria dizer que o amor é a condição primeira, indispensável e imprescindível, necessária e fundamental, para você compreender seja lá o que for: compreender-se a si mesma, compreender os outros, compreender o mundo que nos cerca. Compreender, inclusive, o próprio amor...

Só quem ama pode compreender o que é o próprio amor, o verdadeiro amor. E esta regra se aplica aos outros: quando você quiser conhecer outra pessoa, deve primeiro amá-la. Mas, não se esqueça nunca: você terá de trazer o amor dentro de você, no mais fundo de seu ser. Não simplesmente qualquer “amor” – “amor-desejo”, “amor-paixão”, que só é “infinito enquanto dure”, mas aquele amor que brota de uma fonte eterna e inesgotável: o próprio Deus.

Mas, atenção! No movimento amoroso, em que você tem de amar para saber o que é o amor, tem de amar para compreender e compreender para amar – estamos nos movendo em um círculo virtuoso, não vicioso! Sendo assim, volto a insistir: você terá que amar para compreender; deverá compreender para amar: amando compreenderá e, ao compreender, certamente há de amar!

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