Por Roberta Peixoto
O Divã de Martha Medeiros conta a história de Mercedes - uma mulher com mais de 40, casada, com filhos, e que resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num ato de libertação - poético, divertido, devastador. Movida pela angústia existencial, que se não é coisa triste tampouco é libertadora. A protagonista quer descobrir, entre todas aquelas que ela é, quem é a chefe, quem manda dentro dela.
O Divã de Martha Medeiros conta a história de Mercedes - uma mulher com mais de 40, casada, com filhos, e que resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num ato de libertação - poético, divertido, devastador. Movida pela angústia existencial, que se não é coisa triste tampouco é libertadora. A protagonista quer descobrir, entre todas aquelas que ela é, quem é a chefe, quem manda dentro dela.
Segue um trecho que eu amo do livro:
“Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia"
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